Embora escritórios de advocacia não sejam sociedades empresariais, diversos conceitos de Gestão Empresarial têm sido aplicados com sucesso nesse nicho do mercado, mostrando que na advocacia moderna, assim como em tantas outras áreas, não há mais espaço para o amadorismo.
E mesmo diante dos inúmeros benefícios que uma gestão estratégica bem implementada e monitorada pode oferecer, como a maioria dos advogados não possui conhecimentos básicos de administração de negócios e, nem mesmo, interesse em aprender, acaba-se realizando uma gestão ineficiente ou se aprende somente errando no dia a dia.
Em outros casos, os diretores do escritório contratam administradores para executar a gestão, mas não dão a eles a autonomia necessária, os colocam como assistentes ou meros executores - não permitindo que participem das tomadas de decisão - ou, ainda pior, admitem profissionais sem capacitação para cuidar das questões financeiras e administrativas.
Agindo dessa forma, pode até ser que o escritório de advocacia tenha sucesso durante um determinado período, mas dificilmente sobreviverá a uma crise ou terá uma operação sustentável que permita gerar lucro maior aos sócios.
É preciso entender que um escritório de advocacia possui interesses muito semelhantes a qualquer empresa, como manter seus clientes satisfeitos, proporcionar uma boa remuneração para os seus colaboradores, garantir a distribuição de lucro para os sócios, reduzir custos, aumentar o faturamento etc.
Por isso, no decorrer de nossa experiência na gestão de escritórios de advocacia, identificamos os seis pilares que devem ser geridos para que se possa desenvolver tal negócio de forma sustentável e lucrativa.
Os pilares
Como os pilares se relacionam, não existe uma sequência lógica para abordamos cada um, mas, para fins didáticos, seguiremos a seguinte sequência:
1 - Gestão Estratégica
A gestão estratégica engloba o planejamento estratégico do escritório de advocacia, a implantação, o monitoramento e os ajustes, e está diretamente relacionada ao ciclo PDCA (Plan, Do, Check e Action).
2 - Obrigações Legais
Nesse pilar, tratamos de todas as obrigações legais necessárias para o funcionamento do escritório de advocacia, como tipo de sociedade, enquadramento tributário, licenças e alvarás, código de disciplina e ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) etc.
3 - Finanças
Talvez esse seja o ponto que mais assusta os advogados. Embora pareça fácil, a gestão financeira possui diversas particularidades que, caso não sejam muito bem controladas, podem levar à falência de um escritório de advocacia em questão de dias, uma vez que o dinheiro deve ser tratado de acordo com o seu valor no tempo.
4 - Recursos Humanos
Embora a maioria dos escritórios não se importe com esse pilar, ele é, sem sombra de dúvidas, um dos mais difíceis. Afinal, estamos lidando com pessoas e, por isso, devemos recorrer a ferramentas que diminuirão os conflitos e a subjetividade, como organograma, descrição de cargos, avaliações, capacitações, entre outras.
5 - Marketing Jurídico
Essa é uma das áreas mais sensíveis e dinâmicas, pois a OAB apresenta restrições para a publicidade no campo jurídico. Mas como as formas de fazer marketing mudaram muito nos últimos tempos, temos diversas ferramentas que podem ser usadas: criação de marca, website, redes sociais, geração de conteúdo...
6 - Produção Jurídica
Esse é o pilar que o advogado está mais familiarizado, pois foi o tema de sua graduação e de seus estudos para o exame da Ordem e faz parte de sua rotina diária. Porém, há pontos que, quando potencializados, podem aumentar a produtividade e assertividade, como sistemas para controle de processos e prazos, acompanhamento de diligências, especialização, gestão de documentos etc.
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