A implantação de um bom sistema de gestão de ativos industriais pode ser mais simples do que parece. Resumo em 5 dicas rápidas de como pensar em estruturar a implantação dessa gestão com o foco na ISO 55000 e sua família.
1 - O alinhamento entre o planejamento estratégico da empresa e o seu desdobramento para as operações é o primeiro grande passo. Não faz sentido falar de responsabilidade ambiental sem pensar em conservação de energia e consequentemente atualização tecnológica do seu parque de ativos por exemplo. Esse alinhamento estratégico necessariamente precisa ser dominado pela alta e média direção do negócio.
2- Você não precisa de “big data” ou inteligência artificial para otimizar sua manutenção. Essas ferramentas são essenciais para quem possui excelentes processos implementados e uma grande base de dados que permitam esse estudo. A grande maioria das empresas precisam praticar o RBM “rice and beans maintenance”, desculpe pelo trocadilho. Uma boa estratégia de manutenção combinando corretamente planos preventivos e condicionais traz reduções de até 40% no orçamento de manutenção. As ferramentas de confiabilidade como análises estatísticas (Weibull), árvores de falhas (FTA), modo e efeito de falhas (FMEA) além do bom e velho RCM, que hoje são amplamente conhecidos e fácil acesso por qualquer profissional, podem surpreender na hora de definir sua nova e atualizada estratégia de manutenção.
3 - Tecnologia está cada vez mais acessível e simples de usar. Ativos rotativos, se não completamente, em sua grande maioria podem ser monitorados quanto ao seu desempenho utilizando plataformas relativamente simples e de baixo custo que facilitam a tomada de decisão quanto ao tempo ótimo de intervenção maximizando então o retorno do ativo para o negócio. Gosto muito de citar o exemplo da SKF e da Dynamox.
4 - Um processo bem desenhado desde a identificação da necessidade da manutenção, seja ela pela preventiva vencendo ou pela condição do ativo, passando por uma correta avaliação de riscos da atividade, planejamento detalhado, priorização do que será programado e finalizando com a correta execução dos serviços (confiabilidade humana) é essencial para o ciclo de manutenção seja corretamente fechado.
5 - Sensores, softwares e sistemas de última geração não trazem resultados se não houver desenvolvimento e capacitação das pessoas que os utilização para tomar decisão, ou seja, investir nas pessoas sempre deverá ter o mesmo peso que investir em tecnologia e processo.
Obviamente um bom trabalho de gestão de ativos desdobrará cada item citado acima em ações demandando investimento intelectual e disciplina na implantação das ações. Se os departamentos de engenharia de manutenção ou industrial de sua empresa estão 100% empenhados em suas rotinas, principalmente na solução dos problemas habituais e não conseguem focar energia e recurso nessa implantação, pense em contratar uma boa consultoria ou mentoria no assunto. Consulte-nos através da @Duolinea, o investimento nesse projeto pode te surpreender.